domingo, 9 de junho de 2013

Obama de asas queimadas

Talvez sejam os problemas de uma estrutura que permanece imóvel independentemente de quem ocupe o lugar, mas parece que a queda deste presidente pode vir a depender mais dos vícios herdados do seu predecessor que dos seus próprios erros. Segurança e Privacidade. Afinal a linha já fora traçada na areia.

a ver (fonte): 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Qual é a tua meu?

O discurso de João Almeida hoje no parlamento fez-me lembrar dos GNR.
"à boleia, pela rua, lá vou eu ao mercado comum, quando lá cheguei vi o boss, tinha cunhas, foi o que me valeu, perguntei-lhe, qual é a tua meu?"


Infelizmente berrar com os parceiros europeus, como sugerem outros, também não é solução.
Independente disso os GNR são os maiores.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Porque apoio os protestos na Turquia… e porque também o deverias fazer! Why I support the protests in Turkey… and why you should too!


(Also writen in –bad - English)

Escrevo do conforto de um Hostal na Colombia. Neste momento, aguardo que os dias passem até me reencontrar com o amor das minhas vidas. Sou acolhida por pessoas que aprendi a chamar de familia. Para muitos, a questao que podem pensar é: porque passas os últimos tempos a fazer tantos posts sobre o que se passa na Turquia?

Ao longo dos próximos parágrafos vou explicar porque o faço, e também porque acho que também o deverás fazer. A razao é muito simples: amizade. Se eu hoje estou aqui a viver um sonho… Se hoje descobri a minha paixao, e descobri o amor é em grande medida debido aos amigos turcos que tenho.

Passo a explicar: há pouco menos de dois anos eu era uma pessoa a iniciar uma aventura à volta do mundo. Cheio de receios e esperanças, aventurava-me pelos caminhos do mundo. Escolhi como ponto de arranque a Turquia, e mais específico, Istanbul. E em boa hora o fiz. Os turcos, como aprendi por experiência, sao dos povos mais acolhedores que conheci. Fui recebido por pessoas que passei a chamar de amigos próximos, como se fosse um membro da sua familia.

Eles foram os que retiram os meus medos e demonstraram que por onde passas encontras pessoas muitos especiais. De certa forma, foram eles que me prepararam para tudo  o que se seguiu na minha viagem.

Foi com um enorme choque, que eu tomei conhecimento do que se estava a passar na Turquia. De imediato quis ajudar, mas o máximo que tenho conseguido, a esta distancia, foi publicitar o que os media nao transmitiam.

Os meus amigos turcos têm nome, sao reais e muito importantes na minha vida. Eles, ou pessoas próximas a eles, estao a arriscar a sua vida contra a opressao e violencia do seu próprio estado. Num acto de extrema coragem que me enche de orgulho de os conhecer, e a humildade de que eles sao pessoas mesmo muito extraordinárias com quem eu tenho muito que aprender.

Por isso eu apoio os protestos. Porque sei que nao sao uns manifestantes “rúfias”. Sao pessoas como tu e eu, mas que se cansaram de viver num estado que os oprime. E se duvidas existissem, a carga policial nao deixa nenhuma. Hoje, eles combatem contra a opressao do Estado e a censura dos media. Causas que sempre apoiarei e que sao minhas independentemente de nacionalidades.

Mas esta nao é apenas uma causa dos turcos. É também nossa, por os laços de amizade e solidariedade que nos unem. E se hoje lutamos ao lado dos turcos, lutamos também por um mundo melhor na nossa sociedade. Porque a opressao, violência e censura nao é apenas monopólio do Estado Turco. Qualquer sociedade nao está imune a que isso aconteça. E se nao lutarmos, se nao demonstrarmos que nao toleramos isso, hoje serao os turcos, amanha seremos nós!

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I write from the confort of an Hostal in Colombia. Right now I am counting the days to reunite with the love of my lives. And I am in a place welcomed by people I learn to call family. For many the question is: Why then, I spend so much time talking and posting about something so far away?

Through the rest of the text I will try to explain why I do it, and why I think you should too. My reason is quite simple: frendship! If today I am here, living a dream. If today I discovered my passion and love is, to a great extent, due to my turkish friends.

Less tan two years ago I was a normal guy (still am though) about to start a journey that would change my life completly. Full of hopes and fears, I started my path through this world. I decided to start my trip around the world in Turkey. More precisely in Istanbul. And thank God (whatever it is) that I did so. The turkish people, as I learnt through experience, are one of the most welcomening people I met. I was received by people, that became close friends, like I was a member of their own family.

They took all my fears away, and demonstrated that, no matter where you go, you will meet special people. In a way, they where the people that prepare me for everything that happened afterwards in my journey.

It was with great shock that I knew about what was happening in Turkey. Immediatly I wanted to help, but the maximum I can do, this far away, is to spread the word about what was happening and give full support to them.

My turkish friends have names, they are real and very important in my life. They, or close persons to them, are risking their own lives against  oppression and violence of their own state. In an act of extreme courage that fills me with pride to know them, and humbleness of the great people they are and from whom I still have a lot to learn.

That is why I support these protests. They are not petty criminals protesting. They are people like you and me. People who got tired of living with a government that oppresses them. And if there was any doubts that this was true, the police charges made it clear that they are right. Today they fight against oppression of the state and censoring of the media. Something that I will always support no matter what nacionality.

But this is not an issue only of the turkish people. It is also ours. Bounded by ties of friendship, it is a cause of every one of us. A if today we fight side by side with the turkish poeple, we fight also to improve our society. Oppression, violence and censorship is not a monopoly of the Turkish state. No society is imune to this.  If we do not fight now, demonstrating that we don’t tolerate these actions, today will be the turkish people suffering, but tomorrow will be us!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Manifestaçao


Vai existir uma manifestaçao de apoio aos protestos na Turquia e para pedir que o governo turco pare com a violência contra os seus cidadaos. Espero que todos encontrem um pouco do seu tempo para ir.

Para mais informaçoes favor seguir o link:

http://www.facebook.com/events/116815045155564/

sábado, 1 de junho de 2013

(r)EVOLUÇAO


Hoje, em dia de protestos, regresso à Europa. Primeiro à cidade que em que arranquei para a minha aventura: Istanbul. Desde o início da semana que existem protestos por lá. O que começou como um protesto contra a construçao de mais um centro comercial transformou-se, corajosamente num protesto contra o governo. A repressao é violenta, mas eles, num exemplo que me enche de orgulho, continuam. Ultrapassando o medo da prisao e da morte, num espirito de luta que espero que contamine o resto da Europa. 

Hoje vivemos numa era difícil. Nao só os Estados perdem o seu medo de utilizar a força bruta, mas também as empresas se dao ao luxo de censurar as lutas que existem. A CNN foi o melhor exemplo disto mesmo. Enquanto dava noticias dos protestos no seu canal internacional, as omitia no seu canal local da Turquia. Demonstrando que as acçoes anti-democráticas nao sao monopólio de países em vias de desenvolvimento, mas sao praticadas e originadas também no mundo ocidental, naquele que habitamos e pelo qual temos a responsabilidade de o manter livre e democrático.

Por isso a luta na Turquia nao é apenas dos Turcos, é também nossa. E nunca tivemos tantos motivos para sair e lutar. Cinco anos depois da crise arrancar, quase nenhum responsável foi chamado a assumir essa responsabilidade. O gap de riqueza tornou-se maior. A censura aumentou, as pessoas perderam emprego e muitas suicidaram-se pelas condiçoes desesperantes que viviam. Hoje, a democracia está cada vez menor, sem alternativas a uma politica que é miope e que nao muda nada de substancial. 

Cinco anos depois, nao basta um protesto. É preciso coragem, a mesma coragem que os turcos demonstram neste preciso momento. É preciso mudar radicalmente o que existe, revolucionar a sociedade e construir o nosso próprio futuro. Um que seja de inclusao, sonho e utopia. Que nos una naquilo que temos de comum e que nos faça ultrapassar esta crise e chegarmos a um destino melhor.

Que os protestos de hoje, sejam o primeiro dia de uma nova (r)EVOLUÇAO e que esta seja original. Que traga o espirito positivo para ela e nos leve a fazer melhor que no passado. E que seja inclusa de todos. Todos os generos e opçoes de vida e que nao se esqueça, como todos as outras que a antecederam, que a (r)EVOLUÇAO é feminina e que esta traga a novidade de terminar com esta discriminaçao contra as mulheres que existe e persiste há milhares de anos!