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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Primavera Global? Eu Não Vou!

No próximo dia 12, vai ocorrer um evento que é a Primavera Global 2012, sejá lá isso o que fôr.
Tenho sido bombardeado no email, com doses cavalares de propaganda...
Não consigo perceber quem convocou, quem organiza, que ideologia defendem, que propostas têm?
Como defendo a não-violência, na intervenção civiva e política e como até agora nenhuma iniciativa a que estes movimentos "espontâneos" sem líder se associaram, esteve isenta de violência, eu estou fora. 
Nunca houve culpas próprias e são sempre os outros e "infiltrados" da Polícia! 
Não tenho pachorra e não quero ser cúmplice dar força a quem já saliva para terem protagonismo, com o normal chorrilho de desculpas. 
Se o objectivo desta luta é replicar o que se fez e faz em Tahir, como explica Renato Teixeira não contem comigo! 
Mortes e violência com o objectivo final de entregar o poder aos islamistas, que irão(se cumprirem o que prometeram) reduzir as liberdades individuais e combater o laicismo da sociedade egipcia.

PS: Hoje é dia da Europa, não está esquecido, nós por cá comemora-lo todos os dias!

segunda-feira, 12 de março de 2012

domingo, 11 de março de 2012

12 de Março - O Parvo que Sou!

O 12 de Março, é uma data simbólica que diz muito a alguns de nós nesta casa.
Foi um momento em que acreditei que a sociedade civil e a juventude em particular se estavam a mexer, no sentido de um esforço positivo e coordenado.
Afastei-me daquele "movimento social" com o sentimento que havia sido usado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

12 de Março: um testemunho...

Cheguei ao Marquês às 14h30. Comigo trazia a ansiedade e a esperança. Ansiava pelo materializar de um momento único, esperava que a minha ansiedade se concretizasse. Ainda não estava muita gente. Já existiam ilhas de pessoas, mas não como em outras manifestações. Sem saber esta era já a primeira imagem da diferença. Uma manifestação que não é organizada centralmente não tem um ponto de encontro mas muitos. O nosso era o Tivoli e por isso começamos por descer a Avenida.

Cheguei também dividido. Parte de mim estava ali por ele próprio, outra parte estava pelo movimento a que pertence. Esta foi uma dúvida que carreguei até ao ultimo momento. Deveria ou não explicitar o movimento a que pertenço. Afinal era uma manifestação apartidária e não queria distorcer o âmbito da mesma. Por isso, um simples acto de vestir uma T-shirt foi um acto de reflexão profunda. Depois de muito pensar e me questionar decidi vestir. Para mim seria hipócrita não o fazer. Eu sou ambos, e entrei nesse movimento para participar na vida cívica. Tendo ou não a camisola vestida eu pertenço ao mesmo. A camisola tinha a vantagem de não sonegar essa informação aos outros. O que os outros pensariam do meu acto não é da minha competência.

Na mochila levamos a resposta a uma crítica feita na semana passada. Diziam que os “jovens” não tinham soluções, que nunca apresentavam soluções. Nós quisemos demonstrar o contrário e levávamos uma sugestão das mesmas. Era um simples gesto, no meio de outros tantos. E também apenas uma proposta de soluções, no meio de tantas outras.

Entretanto as ilhas já não o eram, tinham-se transformado num oceano de pessoas. Olhar para o mesmo era uma alegria dada a diversidade do mesmo. Lá fomos nós integrar também aquela multidão.

Estava nervoso. Seria um teste ao que estava a acontecer. Será que a realidade que tenho conhecido nas discussões internáuticas e facebookianas se tinha transferido para a rua? Ou será que a antiga realidade “separatista” era ainda dominante? Afinal pertenço a um movimento ultra minoritário por cá, uma corrente de pensamento incompreendida e muitas vezes distorcida. Mas não passou nem 5 minutos até ter o meu teste. Uma pessoa aborda-me para falar comigo. Pertencíamos a pólos profundamente afastados. Numa outra situação, numa outra realidade, nunca nos teríamos ouvido. Seria discussão certa e quem sabe o que mais. Mas não agora e não ali. Discutimos os nossos mundos, defendemos as nossas causas e principalmente respeitamo-nos mutuamente. E passado uns momentos de trocas de ideias seguimos os nossos destinos. Este foi o momento para mim em que a esperança se tornou real.

Não foi apenas a quantidade de pessoas, foi tudo que tornou esta manifestação única. As pessoas, pelas suas acções, fizeram calar todas as criticas e os receios que existiam antes. Ali estiveram milhares de pessoas que protestavam contra uma realidade. Pessoas interessadas, pessoas preocupadas. Pessoas que carregam o sonho de mudança, de fazer as coisas de maneira diferente. Até ao 12 de Março ter-se-ia dito que era impossível juntar mais de 200.000 pessoas numa manifestação sem ser de um dos grandes “organizadores” nacionais. Que o “grande” protesto é monopólio das estruturas comunistas ou bloquistas. Que, se algo não centralizado acontecesse, iria descambar em violência. Dir-se-ia que as pessoas não estavam interessadas em protestar. Sei lá mais o que se disse. Toda essa realidade “virtual”, que era dogma a 11 de Março, foi quebrado ontem.

E a mensagem foi clara: queremos mudanças!

12 de Março de 2011

Não consegui estar presente fisicamente na manifestação por motivos pessoais. Tentei acompanhá-la o melhor que pude a partir de onde estive, e fiquei muitíssimo satisfeito com o seu sucesso. É importante que a sociedade civil dê sinal de vida, e é particularmente importante que a nossa geração dê sinal de vida, e demonstre que a política não é irrelevante para nós.

Numa democracia, o poder está em cada um de nós, e o exercício desse poder não se pode limitar a votar (ou não votar) de X em X anos. Numa democracia, nós temos uma responsabilidade cívica para com os nossos cidadãos de exercer os nossos direitos, de participar activamente na discussão política do país, para tentar mudar o que consideramos estar mal, e defender o que consideramos estar bem.

Eu não alinho no discurso puramente anti-partidos que alguns defendem. Acho que os partidos têm um papel a desempenhar numa democracia representativa moderna. No entanto, não podemos deixar os partidos monopolizar o espaço público. A manifestação apartidária de 12 de Março foi importante para demonstrar que a insatisfação não se limita a membros de um partido, a pessoas de uma determinada facção. A insatisfação é generalizada, e encontra-se espalhada por todos. A vontade para que haja mudança está lá, e tem força.

Na manifestação estiveram representados todo o tipo de ideias. Mas, principalmente, estiveram representadas pessoas que, por sua livre iniciativa, se decidiram unir a um movimento de contestação ao actual estado de estagnação em que vivemos. A manifestação de 12 de Março mostrou que a resignação não é considerada uma opção viável por centenas de milhares de pessoas que estiveram presentes, e para todas as outras que à manifestação se uniram de uma forma ou de outra. Foi uma demonstração viva do poder da cidadania activa.

É também natural que, em democracia, uma manifestação deste tipo tenha juntado ideias muito variadas. É importante que assim seja. O debate público é fundamental para a evolução da sociedade e, no caso presente, para que ocorram mudanças necessárias para melhorar o nosso país. Foi importante esta manifestação, que ocorreu, segundo li, com o maior dos civismos, para demonstrar que isso pode acontecer.

O dia 12 de Março foi um grande dia. É isto, em resumo, o que há a dizer!

Manifestação Geração à rasca: "in the mood" para participar

Estive na Manifestação “Geração à rasca”. Além de participar nela, estive a distribuir panfletos com colegas do Movimento Liberal Social. Tanto quanto a massa humana, foi impressionante ver a receptividade e simpatia das pessoas para receberem os papéis que lhes entregávamos. A manifestação parece ter ajudado a desenvolver algo de um valor incalculável em democracia: as pessoas estão, mais do que há muito tempo, “in the mood” para se informar e participar!
Que a onda continue.