quarta-feira, 17 de abril de 2013

Deriva securitária

Umas das coisas que me preocupou mais depois do atentado em Boston foi que a política americana se voltasse para o assunto em peso e fossemos brindados com mais uma vaga de medidas securitárias, em que a procura de capital político levasse cada representante eleito a uma corrida pelo título de "mais duro com o terrorismo". O medo das populações acoplado ao frenesim mediático permitiria que fossem aprovadas medidas claramente ofensivas dos direitos e liberdades dos cidadãos. O desejo por mais segurança justificava agora o sacrifício de mais um pouco de liberdade com ganhos de segurança questionáveis. Haveria ainda a possibilidade de tudo isto ser contagioso e de muitas elites europeias aproveitarem elas também para passar uma outra medida mais controversa que tornaria a nossa vida um pouco mais difícil. Foi o que se verificou a seguir ao 11 de Setembro de 2001.
Por agora, a preocupação mantém-se mas na esperança de que a América esteja mais sóbria deixo aqui esta recomendação de leitura de um dos meus autores favoritos sobre o tópico segurança:

1 comentário:

  1. Os anglo-saxónicos lidam com estas coisas muito melhor do que os latinos.
    Esperemos que o necessário aumentar do nível de segurança, não chegue a essa famigerada deriva securitária...

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