"Deve haver um dia em que a sociedade, como os indivíduos, chegue à maioridade." - Alexandre Herculano
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domingo, 22 de julho de 2012
O FMI ameaça destruir Ítaca!
O sonho da Europa em Paz, que é uma das principais razões da minha viagem para Ítaca está em risco.
Leio no cachimbodemagritte,mais um texto de Pedro Braz Teixeira, sobre a ameça de retirada do tapete à Grécia e ao seu novo Governo por parte do Fundo Internacional Mundial (FMI).
A ser verdade, como parece e dada a conjuntura que ameaça a Espanha e a Itália, não percebo.
Mesmo como forma de pressão sobre a Grécia,seria um bluff perigoso.
Infelizmente, para federalistas e soberanistas é o próprio projecto europeu que está em causa.
Por mais que Mario Draghi, o Presidente do Banco Central Europeu diga que o Euro é "irreversível" a realidade poderá vir a desmenti-lo.
Vivemos tempos interessantes e perigosos. Mesmo que o destino da Grécia seja uma saída do Euro. O que me parece mau, pelos efeitos que terá sobre Portugal.
Que seja algo ordenado, não se percebe à primeira vista qual a lógica, do ponto de vista do interesse europeu,de que a forma como isto é feito beneficia a Europa.
Temo que o silêncio cúmplice de alguns supostos europeistas e federalistas seja ensurdecedor.
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
Força da Finlândia através de Beirute!
QUANDO JÁ NÃO SE TEM FORÇAS!
quando já não se tem forças para escrever,
há que recordar.
quando já não se tem forças para fotografar,
há que ver com os olhos da alma.
quando já não se tem forças para ler,
tem que se estar pleno de narrações.
quando já não se tem forças para falar,
há que ressonar.
quando já não se tem forças para andar,
há que voar.
e quando chegar a hora,
alguém tem de se ver livre das recordações,
dos olhos da alma, deixar de sonhar,
calar-se e dobrar as asas.
mas aconteça o que acontecer,
segue a narração, segue.
Eeva Kilpi
tradução de Pedro Calouste
Surripiado daqui. Sylvia Beirute é fantástica!
Um poema de da Finlandesa Eeva Kilpi, para encorajar os líderes europeus neste fim-de-semana!
PS: o Blogger é execrável! Desformata todo o texto...
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quarta-feira, 23 de maio de 2012
Poesia de um tal de Almada Negreiros!
Nestes 41 segundos, com um poema de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas. Está muito sentimento.
Não é preciso falar ou escrever muito quando se está certo. Este poema é quase centenário e mantém-se actual.
Portugal tem se ser qualquer coisa de asseado. Vamos fazer por isso!
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sábado, 3 de março de 2012
The Road Not Taken (Robert Frost)
Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim
Because it was grassy and wanted wear,
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I marked the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I,
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
(Retirado daqui: http://www.poemhunter.com/poem/the-road-not-taken/)
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;
Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim
Because it was grassy and wanted wear,
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I marked the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I,
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
(Retirado daqui: http://www.poemhunter.com/poem/the-road-not-taken/)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Sou louco
Dizem-me que sou louco
Que perco tempo
Que o que faço não tem sentido
Nem contribui para o meu sustento
Dizem-me para pensar em mim
Que o serviço público não existe
Que para Portugal não há esperança
Que quem é esperto é quem desiste
Dizem-me que a política é para os políticos
Que todos os políticos são maus
Que os partidos em tudo mandam
Dizem-me que eu não posso nada
Que tudo o que faço é em vão
Que espertos são os que desandam
Tudo isto me dizem e sempre dirão
Mas não me convencerão
Sou louco, sim, e com orgulho
Ergo os braços e proclamo-o sem pudor
Num país onde por todo o lado há esbulho
Eu tento prevalecer pelo meu valor
Sou louco porque acredito no serviço público
Sou louco porque tenho espírito de missão
Sou louco porque quero mudar o mundo
Ainda tenho, e não quero perder, essa ilusão
E com o país mergulhado num trauma profundo
Sou louco porque só os loucos mudam o mundo
Tudo aquilo me dizem e sempre dirão
Mas não vão mudar o meu coração
Que perco tempo
Que o que faço não tem sentido
Nem contribui para o meu sustento
Dizem-me para pensar em mim
Que o serviço público não existe
Que para Portugal não há esperança
Que quem é esperto é quem desiste
Dizem-me que a política é para os políticos
Que todos os políticos são maus
Que os partidos em tudo mandam
Dizem-me que eu não posso nada
Que tudo o que faço é em vão
Que espertos são os que desandam
Tudo isto me dizem e sempre dirão
Mas não me convencerão
Sou louco, sim, e com orgulho
Ergo os braços e proclamo-o sem pudor
Num país onde por todo o lado há esbulho
Eu tento prevalecer pelo meu valor
Sou louco porque acredito no serviço público
Sou louco porque tenho espírito de missão
Sou louco porque quero mudar o mundo
Ainda tenho, e não quero perder, essa ilusão
E com o país mergulhado num trauma profundo
Sou louco porque só os loucos mudam o mundo
Tudo aquilo me dizem e sempre dirão
Mas não vão mudar o meu coração
domingo, 24 de abril de 2011
Diálogo sobre a Mudança (Meio ao Desafio)
- A mudança não é fácil:
É como arrancar um dente.
Precisamos de puxar com força
E de anestesiar o doente!
- Mas um doente anestesiado
Nem nota o que se passa!
Ainda lhe arrancam o dente errado
E depois, faça o que faça,
Tem mais um problema a resolver!
- Pois então que o resolva,
Que o que é preciso é mudar!
Andamos sempre na mesma:
Já estagnámos de estagnar!
- Mas que mudança viria
Dessa tua postura?
A acumular problemas
Andamos à anos!
Precisamos é de uma cura!
- E que mudança viria
Com esse teu medo todo?
Eu sou rápido e directo!
Tu ficas preso no lodo!
- Tu podes bem falar em quadras
E ser rápido e directo!
Eu sou mais circunspecto
E sei bem porque o sou!
É que para esse peditório
Já eu dei e mais não dou!
- Então mas, meu caro amigo,
Que é que tu afinal queres?
- Eu tenho para comigo
Que é preciso pensar,
Estudar bem os problemas
E só depois avançar!
- Agora digo eu:
Estudos temos nós acumulado!
- Mas não os temos usado!
Não convenientemente!
É que os estudos têm de ser
Conhecidos de toda a gente
Para que depois de informada
Possa mesmo participar
No debate público aberto
Necessário antes de se deliberar!
- Para isso temos o Parlamento!
- Mas não chega, digo eu!
É preciso que os cidadãos
Saibam o que é feito
Com aquilo que é seu!
- Não é deles, é do Estado!
- O Estado somos todos nós!
Temos de acordar!
O Parlamento decide,
Mas não nos pode ignorar!
O Governo decide,
Mas não decide sem consultar
A sociedade civil
Que também deve opinar!
- Eu continuo na minha:
É só preciso anestesiar.
Depois, é só mudar!
- Anestesiados andamos nós
Há muito e demasiado tempo!
Isso não é mudança,
Isso é o que se tem feito!
Decisões tomadas a eito,
Sem pensar no futuro,
Sem debate alargado,
Que levaram ao laxismo puro
Em que vivemos!
- Tu não dás alternativas!
Tu és um grande reaccionário!
- Eu não quero é que o povo
Seja tomado por otário!
Há decisões a tomar,
Essas decisões são importantes.
'Mudança Já!' não é nada,
Dava para 'slogan' de refrigerantes!
Precisamos de propostas concretas
Para reformas estruturais.
E quando existirem propostas,
Vamos ter de as implementar.
Vai doer? Vai!
Vais perder a conta aos 'Ais'!
Mas posso garantir-te
Meu amigo do peito
Que se continuarmos a adiar
Só nos pomos mais a jeito
Para irmos além de estagnar
E começarmos simplesmente a definhar!
É como arrancar um dente.
Precisamos de puxar com força
E de anestesiar o doente!
- Mas um doente anestesiado
Nem nota o que se passa!
Ainda lhe arrancam o dente errado
E depois, faça o que faça,
Tem mais um problema a resolver!
- Pois então que o resolva,
Que o que é preciso é mudar!
Andamos sempre na mesma:
Já estagnámos de estagnar!
- Mas que mudança viria
Dessa tua postura?
A acumular problemas
Andamos à anos!
Precisamos é de uma cura!
- E que mudança viria
Com esse teu medo todo?
Eu sou rápido e directo!
Tu ficas preso no lodo!
- Tu podes bem falar em quadras
E ser rápido e directo!
Eu sou mais circunspecto
E sei bem porque o sou!
É que para esse peditório
Já eu dei e mais não dou!
- Então mas, meu caro amigo,
Que é que tu afinal queres?
- Eu tenho para comigo
Que é preciso pensar,
Estudar bem os problemas
E só depois avançar!
- Agora digo eu:
Estudos temos nós acumulado!
- Mas não os temos usado!
Não convenientemente!
É que os estudos têm de ser
Conhecidos de toda a gente
Para que depois de informada
Possa mesmo participar
No debate público aberto
Necessário antes de se deliberar!
- Para isso temos o Parlamento!
- Mas não chega, digo eu!
É preciso que os cidadãos
Saibam o que é feito
Com aquilo que é seu!
- Não é deles, é do Estado!
- O Estado somos todos nós!
Temos de acordar!
O Parlamento decide,
Mas não nos pode ignorar!
O Governo decide,
Mas não decide sem consultar
A sociedade civil
Que também deve opinar!
- Eu continuo na minha:
É só preciso anestesiar.
Depois, é só mudar!
- Anestesiados andamos nós
Há muito e demasiado tempo!
Isso não é mudança,
Isso é o que se tem feito!
Decisões tomadas a eito,
Sem pensar no futuro,
Sem debate alargado,
Que levaram ao laxismo puro
Em que vivemos!
- Tu não dás alternativas!
Tu és um grande reaccionário!
- Eu não quero é que o povo
Seja tomado por otário!
Há decisões a tomar,
Essas decisões são importantes.
'Mudança Já!' não é nada,
Dava para 'slogan' de refrigerantes!
Precisamos de propostas concretas
Para reformas estruturais.
E quando existirem propostas,
Vamos ter de as implementar.
Vai doer? Vai!
Vais perder a conta aos 'Ais'!
Mas posso garantir-te
Meu amigo do peito
Que se continuarmos a adiar
Só nos pomos mais a jeito
Para irmos além de estagnar
E começarmos simplesmente a definhar!
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