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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Estamos a Enganar as Pessoas!

Gosto de escrever aqui, há principios comungo com alguns companheiros outros que não , mas temos a Liberdade como valor superior.

Empreendedorismo, iniciativa privada, liberalização do mercado, Justiça, respeito pelas Instituições etc. Pela minha experiência dos últimos tempos estou a perder a fé

É público um litígio que tenho em tribunal com uma seguradora, isto gerou insultos e difamações por escrito á minha pessoa por parte de um funcionário da mesma seguradora. A seguradora prestou informação falsa.

O Regulador, neste caso o Instituto dos Seguros de Portugal, tem ao longo do tempo pautado a sua acção  por um silêncio cúmplice, apesar de muitas iniciativas da minha parte.

Hoje venho de lá vencido pelo processo kafkiano e avisar ao mundo que vou desistir...

Os técnicos recusam receber os consumidores e um processo mal fechado há 1 ano não pode ser reaberto!

Vou libertar-me de um jogo que não posso ganhar, deixando que os processos que tenho sejam arquivados e deixar de me consumir por isto.

Fico triste também por andar a enganar aqui as pessoas visto que ao ver isto hoje, percebi que estou do lado errado.

Um conselho de Administração de uma entidade reguladora em que 2 dos seus 3 membros vêm da indústria regulada é errado pelas práticas de qualquer País que queira ter um mercado a funcionar.

Não tenho nada contras pessoas em causa, mas o próprio facto de as mesmas aceitarem esta nomeação é de censurar.

O ISP está capturado vide aqui, ou aqui sobre captura do regulador. 

domingo, 1 de julho de 2012

Falemos de «Economicismo» (I)

Já por várias vezes ouvi gente a declarar que não percebe nada de Economia, nem nunca conseguiu perceber, que também nunca estudou Economia e que o que lhe «parece» é que a Economia é muito obscura e que os economistas não se entendem. Daí parte-se para a defesa das «pessoas» contra uma visão «economicista» da vida. Em resumo, «eu não percebo nada de Economia, mas a Economia é irrelevante e não se preocupa com as pessoas, e portanto temos de fazer o que eu penso que é bom». Ou então, não introduzem o seu discurso: simplesmente fazem a apologia da Política, num estilo de «guerra de saberes».

Geralmente, são as pessoas que declaram menos saber de Economia que fazem as maiores críticas ao «economicismo». Não é por acaso. O «economicismo», conforme é geralmente apresentado, traduz uma visão muito distorcida daquilo que é e daquilo que faz a Economia. Invocar o «economicismo» é uma forma de ignorar argumentos económicos, desprezando-os, com base em considerações de outra índole que nada têm a ver com Economia.

A Economia aprende-se. É uma questão de estudo. Não é preciso frequentar aulas especificamente para isso, até. A quantidade de material que existe para quem queira aprender é imensa.

Por exemplo, há cerca de um ano, convenci o Prof. Luís Vaz Silva, do ISLA, a gravar este vídeo, em que fala de Economia e de Regulação:



As críticas ao «economicismo» tendem a reflectir bem mais os preconceitos de quem os emite do que propriamente uma crítica substantiva à Economia. Tendem a confundir Economia com Finanças, dois conceitos distintos. Tendem a confundir Economia com Política Económica e a considerar, erradamente, que a Economia é uma disciplina normativa. Tendem a ter cariz populista e demagógico, transformando os economistas em elites obscurantistas (com excepção, naturalmente, daqueles que concordem com a posição defendida) e apelando ao medo que as pessoas têm daquilo que não entendem.

O «economicismo» é mais um papão inventado por gente que, não sabendo Economia, não lhe vê interesse, ou então considera que a Política é muito mais importante (como se a Economia e a Política fossem áreas do saber que se guerreassem...). No fim de contas, temos uma narrativa anti-Economia por parte de gente que muitas vezes se auto-proclama perfeitamente ignorante sobre o tema. E o que eu gostava de saber é porque é que essas pessoas, que se auto-proclamam ignorantes, se consideram então qualificadas para sentenciar a irrelevância, o obscurantismo e o que quer que seja sobre a Economia.

A Economia não é a única ciência que existe, nem é a única forma de estudar as relações entre seres humanos. O desprezo que lhe é votado por uma parte dos nossos comentadores políticos, com a sua paixão pela Política (que, já agora, também é importante, e também merecia melhor tratamento do que geralmente lhe é dado), parece-me bem mais relacionado com aquilo que não sabem de Economia do que com a própria Economia.

Posso, claro, estar enganado. Possivelmente, quando leio críticas ao «economicismo» ou me dizem que a Economia não é uma ciência, essas críticas são baseadas num profundo conhecimento do tema. O problema é que geralmente é a própria pessoa que faz a crítica que proclama a sua ignorância económica. E a esses, confesso, a melhor sugestão que tenho a fazer é que tentem aprender e perceber a Economia antes de virem anunciar os terrores do «economicismo».

domingo, 3 de julho de 2011

Sistema Público

O que entender por «sistema público» de qualquer coisa? Terá de ser necessariamente o Estado a fornecer o serviço, ou poderão ser privados a fazê-lo? E o que é um sistema público em que são os privados a fornecer o serviço?

Um sistema público, na minha opinião, não requer necessariamente a provisão directa por parte do Estado do serviço em causa. Um sistema público pode significar que haja provisão do serviço por parte de privados, mas que a provisão desse serviço seja regulada de alguma forma pelo Estado para, por exemplo, garantir o acesso a esses serviços a todos os que deles necessitem.

O Estado também não tem de, necessariamente, financiar esse serviço directamente, através de transferências directas para as entidades privadas responsáveis. Basta regular essa actividade de alguma forma para criar um «sistema público», na minha acepção do termo.

Com isto não quero ainda concretizar nenhum modelo específico para a Educação, Saúde ou Segurança Social, áreas que mencionei no meu artigo sobre a minha concepção de Liberalismo. Isto é apenas uma breve nota para, sucintamente, clarificar a minha forma (talvez idiossincrática) de ver este conceito.