Adolfo Mesquita Nunes tornou-se Secretário de Estado do Turismo. Tem agora a hipótese de provar que quer mesmo cortar na despesa, fazendo propostas muito concretas de redução de despesa na Secretaria de Estado do Turismo, e apostando, não nos gastos públicos com o turismo, mas sim na redução de encargos públicos sobre as actividades turísticas.
Será interessante ver se Adolfo Mesquita Nunes propõe, ou não, a extinção do Imposto sobre o Jogo e se propõe, ou não, a extinção do Turismo de Portugal, I.P. Será interessante ver se tenta ou não subsidiar programas públicos de incentivo ao turismo, ou se defende a redução de burocracias (embora mantendo análises de impacto ambiental relevantes) com que a actividade turística em Portugal se tenha de debater. Será interessante ver se faz propostas de redução da dotação orçamental a atribuir à sua Secretaria de Estado com base em planos concretos para redução de despesa com o mesmo.
Chegou o momento, pois, de ver se Adolfo Mesquita Nunes, agora no Governo, faz mais do que discursos teóricos sobre os benefícios dos cortes na despesa, e começa a propor, e implementar, cortes bem concretos na despesa pública. Bem sei que será condicionado por todo um rol de interesses instalados, formas antigas de fazer as coisas, pressões políticas contrárias à redução na despesa (possivelmente mesmo dentro da coligação) na área do turismo. Mas também sei que tem a hipótese de ser consequente com o que tem defendido, e tentar, com a inteligência que se lhe conhece, levar a sua avante.
Está na altura de provar que o vale um agora ex-deputado que tem credenciais liberais, mesmo em temas nos quais o CDS-PP é, no geral, tudo menos liberal. Veremos, pois, o que acontece ao turismo em Portugal sob a tutela de Adolfo Mesquita Nunes.
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