1. Ler apenas textos com que se pensa que se concorda à partida e não ler textos com os quais à partida não se pensa concordar.
2. Não tentar compreender as posições dos outros, não estudar os argumentos contrários e não tentar entrar em formas de pensar diferentes.
3. Argumentos de autoridade constantes, insultos e distorções em vez de debates com o lado contrário.
4. Usar conclusões como premissas.
5. Não re-examinar o que se pensa periodicamente.
6. Apenas falar com gente do mesmo círculo e com que se concorde de antemão ou com quem se faça um juízo de que se vai concordar.
7. Não estudar os assuntos para além de slogans que soem bem ou de que se goste por serem bem intencionados.
8. Falácias lógicas e distorção de dados para "ajudarem" argumentos.
9. Repetição acrítica de supostas autoridades.
10. Auto-proclamar opiniões como sendo objectivas.
Tudo formas de evitar desafiar aquilo que pensamos, de forma a continuarmos sempre a pensar o mesmo. Tudo formas de arrasar debates pela raiz, impedindo frutíferas trocas de ideias.
No fundo: assumir que se tem sempre razão, e tudo o resto vem por acréscimo. Chegar primeiro a conclusões de que se gosta e depois tudo fazer por ignorar aquilo que as contrarie, apenas prestando atenção àquilo que pareça útil para as substanciar.
Com esta forma de proceder, fica-se estagnado, as ideias ficam ocas e enfraquecem por falta de exposição a ideias contrárias, tornando-se mais frágeis à medida que nos esquecemos da sua base de sustentação.
Debater com quem parte dos pontos acima é candidatar-se a ser insultado e ter as suas motivações questionadas, por gente que até se poderá dizer incrivelmente humilde e interessada em debates vigorosos e substantivos. Debates tão vigorosos e substantivos como aqueles que Lancaster Dodd pretende ter no filme "The Master".
Schoppenhauer falou muito sobre isto na sua obra " A Arte de Ter Sempre Razão" especialmente as técnicas de como ganhar discussões sem se saber nada.
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