1. Há um ano saiu muita gente à rua para se manifestar, com ideias de todas as formas e feitios, em prol de uma reforma da nossa democracia. Um ano depois, o M12M é uma organização vazia de conteúdo que fala em chavões, defende «slogans» e pouco mais. No entanto, isso não retira interesse e importância ao dia 12 de Março no ano passado. O impulso que deu ainda continua a ter repercussões, através das várias pessoas que se conheceram e dos vários pequenos movimentos que se formaram. Não foi uma revolução? Não. Vai, por si, mudar tudo? Não. Mas continuo a pensar que os seus efeitos ainda não se esgotaram.
2. Achei este texto de Daniel Oliveira bastante interessante (o que não quer dizer que concorde com ele). Onde Daniel Oliveira me perde particurlamente é na conversa da «verdadeira razão», pelos vistos oculta, para a terrível ideia de parar com aquelas obras. Este tipo de conversa sobre intenções ocultas e agendas escondidas não serve para nada de útil. Serve para se debater com fantasmas, com posições imputadas em vez de com posições assumidas. De qualquer forma, esta confusão com a Parque Escolar vai ter de ser cabalmente explicada. (Parágrafo ligeiramente revisto após publicação.)
3. Primeiro veio o PCP, mas do PCP já se espera este tipo de conversa. Mas agora veio António José Seguro dizer o mesmo género de coisa, caindo bem fundo no poço do populismo demagógico. É que em vez deste tipo de ataques de péssimo gosto, seria bem mais importante que António José Seguro apresentasse um plano para tornar sustentável o Sistema Nacional de Saúde que diz defender. Mas isso, claro, António José Seguro não faz. Prefere dizer que o este Governo mata. Não ficou longe do Manifesto do Rossio. Quando é que o PS decide ter um líder a sério?
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