Ontem em Santa Comba Dão, Otelo Saraiva de Carvalho disse várias coisas.
Uma delas e a mais polémica na minha opinião foi, o defender um Golpe de Estado, que retome a soberania devido à intervenção da Troika.
Surgem-me várias questões:´
1.ª Será que se fosse outra pessoa ou de outra àrea política, não teria um processo em cima. Parece-me que num Estado de Direito apelar à insurreição armada, mesmo no âmbito da liberdade de expressão é um pouco demais.
2.ª O perdão de pena que recebeu, também pode ser posto em causa. Uma vez que este senhor foi dirigente de uma organização que matou pessoas após o 25 de Abril.
3.º Como contribuinte revolta-me este senhor receber uma pensão paga com os meus impostos.
Se este senhor é um defensor da Liberdade eu vou ali e já venho.
O mal não está em ele falar, o mal está em darem-lhe importância...
ResponderEliminarSinceramente acho que a pouca liberdade que temos é tão frágil, que tipos dizem alarvidades como estas têm um feedback positivo e sem nos darmos conta, transforma Portugal numa Coreia do Norte.
Eliminartodos os regimes precisam dos seus bobos da corte... o otelo é o nosso actual bobo da corte que dá os recados que os amigos dele querem que ele diga sem serem ridicularizados em público.
ResponderEliminarBem visto, nem o Vasco Lourenço vai tão longe e o Jerónimo de Sousa a dizer que quem tem que retormar a soberania é o Povo e não as Forças Armadas faz um brilharete.
EliminarNão sou nem de longe aderente das coisas que este senhor diz ou defende no entanto deveria ser processado exactamente porquê? Atentar contra a segurança do estado? Isso parece um perigoso passo para censura indiscriminada. A liberdade de expressão deve permitir mesmo opiniões deste género se não não é liberdade. Mesmo o incitamento ao ódio não deve ser controlado excepto em casos extremos como o exemplo clássico dos empregados enraivecidos em frente ao patrão.
ResponderEliminarQuanto ao perdão, uma pessoa não pode ser julgada duas vezes pelo mesmo crime daí que revogar o perdão (por menos merecido ou inapropriado que tenha sido) é um atentado ao estado de direito.
Atentar contra a segurança do Estado parece-me bem.
ResponderEliminarTambém acho que deve existir liberdade de expressão, mas não pode servir para permitir tudo. Não somos anglo-saxónicos.
Este tipo pelos seus antecedentes criminais e porque chefiou uma organização terrorista tem os conhecimentos organizacionais e técnicos para cometer atentados e assassinatos. Conhece quem o possa fazer e há muita gente que dá valor ao que ele diz.
Acho que o incitamento ao ódio/violência deve ser controlado/moderado em todas as situações e não apenas no empregado/patrão.
Por exemplo acho que na internet não devem estar online em nenhum caso instruções de como se deve fazer uma bomba.
Já acho que o porte-de-arma deve ser liberalizado, para que cidadão e gatuno estejam em maior igualdade de circunstâncias.
Abraço
"Atentar contra a segurança do estado" por exprimir uma opinião, por mais idiota que seja, é o mesmo tipo de tretas que a China usa para justificar a censura que exerce. Este comentário "não somos anglo-saxónicos" quer dizer o quê? Que todos os portugueses sem excepção estão dotados de uma característica que os impede de poder exercer a liberdade de expressão da mesma forma que os "anglo-saxónicos"? E porque é que não posso insultar publicamente por exemplo.. a igreja ou qualquer outro colectivo? Porque os sentimentos sensíveis deles têm de ser protegidos e como tal devo ser calado? A não ser que haja verdadeiro perigo para a integridade física de alguém não me parece justificado silenciar opiniões, mesmo os disparates do Otelo.
ResponderEliminarNão tinha visto a resposta meu caro.Que é capciosa.
ResponderEliminarJunta muita coisas que não são comparáveis.
Não somos alglo-saxónicos pois há uma cultura alterações de Governo através de Golpes de Estado e Magnicídios em especial na primeira metade do século XX.
Aliás por lá os próprios militares, respeitam o poder político nem sendo comum que sejam intervenientes políticos e façam declarações. Wesley Clark e Colin Powell são excepções.
Acho que há uma diferença entre insulto e opinião muito clara, nem percebo o porquê deste argumento ser usado.
Também não percebo a analogia com a China, o Otelo não foi censurado, nem preso e serão os tribunais a verificar se falhou ou não.
Comente mais e escreva mais:)