Entretanto, o PCP foi o único partido a opor-se (os Verdes abstiveram-se) a voto de pesar por Vaclav Havel na Assembleia da República. Vaclav Havel bateu-se, de forma pacífica, pelo fim da União Soviética. Contrariamente a Kim-Jong-Ill, esse herói, Vaclav Havel bateu-se contra o «imperialismo soviético». O que, é bom de ver, não é minimamente aceitável para o PCP.
O soberanismo nacionalista do PCP, bem visível na forma como fala de «ocupação estrangeira» da Troika, com a palavra «estrangeiro» a soar a insulto, mostra o pendor fortemente conservador desse partido, ao qual se alia um feroz anti-americanismo. Um pendor fortemente conservador e, também, populista, bem patente nos cartazes com os quais o PCP nos tem vindo a presentear, bem como na retórica de Mário Nogueira, da FENPROF, e Carvalho da Silva, da CGTP.
Este tipo de actuação nada tem de «progressista». Aliás, o PCP pouco tem de «progressista», embora de demagógico tenha muito. E estas perguntas, como se pode ver pelas atitudes acima descritas, ainda se mantêm bem actuais.
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