E então a seguir a Portugal esse animal obscuro que é uma agência de Rating, esse Deus do Voodoo-mercado, apresente-se aos Estados Unidos.
Quero retomar a afirmação feita pelo camarada João Mendes
"As notações das agências têm cariz quase regulatório, porque as avaliações que fazem têm impacto directo no tipo de produtos que são ou não comprados por certo tipo de investidores (ex. há investidores institucionais que só podem, estatutariamente, comprar títulos com a notação máxima)"
Este é, em minha opinião, o essencial do problema "agências de rating". E é ideológico. O mercado livre, como eu o entendo, tem, enquadrado nas estruturas institucionais, a chamada "regulação". Das mais diferentes formas. De modo a promover a concorrência, ou sejam que preceitos sejam que se imponham, desde procurar a eficiência energética ao estimular produtos amigos do ambiente, como quiserem.
Parece-me que essa regulação implica a intervenção na área da rotulagem de produtos. Saber se são geneticamente modificados, qual a composição, quanta garantia, etc... Também os electrodomésticos têm rotulagem de acordo com a eficiência creio que de A a E. Esta rotulagem permite aos consumidores escolhas mais conscientes e acertadas e dá ao mercado tendência crescente de confiança no produto, confiança no próprio mercado, mas também estímulo a que a produção responda a essa consciência.
Ora o rating da dívida é rotulagem e a dívida é um produto.
Parece-me que a regulação como rotulagem de qualquer produto é das competências do estado.
Regular reguladores que operam no mercado que eles mesmos regulam parece-me paradoxal.
Para quando uma Agência de Rating Europeia, apoiada pelos Media Europeus?
ResponderEliminarhttp://www.cousasliberaes.com/2011/04/agencias-de-rating-ii.html
ResponderEliminar