Essas decisões são tomadas com base nas nossas preferências e na informação de que dispomos. Os resultados das decisões que tomamos podem ser as que esperámos, podem ficar acima do esperado, ou podem ficar aquém do esperado. Quando fica aquém do esperado, temos uma crise. Pode ser uma pequena crise, ou pode ser uma grande crise. Mas é uma crise.
Passamos a nossa vida a tentar criar mecanismos que mitiguem o risco inerente à tomada de decisões envoltas em incerteza, mecanismos esses que têm os seus próprios custos. Mas nenhum mecanismo mitiga por completo o risco, porque nunca teremos informação perfeita, porque nunca controlaremos tudo o que está à nossa volta, porque sempre seremos seres imperfeitos.
Estamos a falar de coisas completamente diferentes. Os liberais vivem num mundo imaginário de transparência perfeita. Infelizmente o mundo é opaco e alheio e há que viver golpe a golpe, porque o risco em que um cai vai aproveitar sempre a outro. Não há lutas leais como não há almoços grátis. Opinião amiga.
ResponderEliminara) Tio Luis Filipe
Não há transparência perfeita e não há informação perfeita, mesmo para um liberal.
ResponderEliminarO facto de ter havido gente a viver em modelos matemáticos não significa que o Liberalismo defenda que esses modelos sejam a realidade.
O que um liberal defende é a descentralização no que toca ao processamento da informação que se encontra disponível, na medida do possível, e a conseguinte descentralização na tomada de decisões. Por vários motivos, que podem ficar para outra altura.
Uma coisa são os modelos, outra coisa é a realidade.
Um liberal sabe distingui-los. Uma pessoa que lucre fingindo que não os sabe distinguir, finge que não sabe, reagindo aos incentivos perversos que lhe foram dados.
A crise financeira tem muito que se lhe diga. E o Relatório Larosière (por exemplo) diz muito.