Em Portugal muitos jornalistas são como chaves e a maioria
do público como fechaduras.
O jornalismo em Portugal é cada vez mais feito para provocar
sensações procuradas por quem o consome. Pouco interessa o rigor da informação
que é partilhada ou até mesmo a sua veracidade, basta que esteja lá aquilo que
quem consome o jornalismo quer ler/ouvir/ver.
Neste momento o que a grande maioria quer ouvir/ver/ler são
erros cometidos por governantes ou “provas” de que ambos, ricos e governantes,
vivem diariamente com o intuito de tramar a vida a todos os outros e recorrendo
sempre que possível à corrupção. Isto e ou a existência de soluções muito
fáceis para acabar com a crise mas que, por governantes e ricos não quererem, não
são postas em prática.
Esta é a forma da chave que entra na fechadura que mantém a
mente dos portugueses trancada. Essa forma tem curvas sensacionalistas e
demagogas. E o mais grave é que esta fechadura está cada vez mais a ser também
utilizada pelos jornalistas, desde logo no desempenhar das suas funções.
Uma visão rigorosa de determinada realidade torna mais fácil
a sua transformação e o que me deixa realmente preocupado é ver pessoas, que
não possuem esta fechadura demagoga, não terem vontade ou força para
transformar a realidade de forma a torná-la melhor.
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