O futuro constrói-se com as nossas acções. Se queremos mudar alguma coisa, não devemos ficar parados. Temos de agir, temos de tentar mudar o que consideramos estar errados. Se todos ficarmos à espera de que o outro faça alguma coisa, as coisas vão ficando na mesma, vão-se cristalizando, e o problema até pode tornar-se maior por causa disso.
Mudar as coisas é difícil. Muito difícil. Não basta querer com muita força. É preciso agir, e agir de forma concertada. É evidente que as coisas mudam por si, por pura e simples interacção entre as pessoas e o meio. Mas esta evolução tende a cristalizar certas formas de fazer as coisas, e só reage verdadeiramente a choques. Veja-se o que está a acontecer neste momento no Norte de África e em outros pontos do Mundo Islâmico ou, de forma diferente, mas análoga, à economia portuguesa perante a crise internacional.
Há coisas mais difíceis de mudar que outras. Em Portugal, é preciso mudar o modelo de desenvolvimento económico de raiz, se queremos verdadeiramente ter desenvolvimento económico, social e cultural no nosso país. Mas há muita gente a viver das rendas do actual regime, e não abdicarão facilmente dessas rendas. Aí entra a necessidade de agir, de forma a retirar que actualmente vão para alguns, independentemente do seu mérito, e libertar esses recursos para serem aplicados de forma mais eficiente e justa.
Se esperarmos por uma mudança de mentalidade, esperaremos para sempre, porque as mentalidades não se mudam esperando, mudam-se agindo. As novas gerações têm visto os seus futuros hipotecados pelas gerações anteriores, devido a investimentos públicos mal aplicados e a dívida pública excessiva, à falta de competitividade das empresas, e as regras que foram sendo criadas apenas servem para reforçar este estado de coisas.
É preciso coragem para mudar alguma coisa. A mudança implica um risco. Mas numa altura em que vemos o resultado prático do sistema actual, está na altura de tomar esse risco. Está na altura de surgir algo novo, uma verdadeira alternativa ao que existe agora. Está na altura de, com as nossas acções, construirmos um novo futuro. Um futuro mais liberal, para todos.
A mudança está em curso.. a crescer como uma bola de neve.. sem qualquer direcção.. mas num só sentido. Descendente. Enquanto não parar, continuará a rolar, passando por cima de tudo e todos os que encontrar no caminho, e não parará sem que antes abra uma clareira por onde passar, por essa clareira entrará de novo o sol, mesmo antes da enorme bola se deter, «sonevando» tudo e todos.
ResponderEliminarOs que estão no seu caminho e se aperceberam que ela lá vinha, puseram-se «ao fresco», os que não estão no seu caminho nem perceberam ainda bem que ela sequer existe, e os que foram apanhados por ela continuam a rolar...encosta abaixo.
Uns tiveram a sorte de serem «projectados» e ainda ficarão melhor do que estavam ( poucos ) a maioria já, jaz morta e defunta no meio dos destroços.
Parece o Apocalipse, não parece... É.