quinta-feira, 12 de maio de 2011

Eu sou europeísta

No dia da Europa (dia 9), não escrevi este texto. Escrevo hoje.

Eu sou europeísta.

Sou europeísta porque acredito no ideal europeu, um ideal que vai para além da mera geografia, que engloba ideias e valores para mim fundamentais.

As liberdades económicas do Mercado Único traduziram-se numa interdependência económica geradora de paz e prosperidade num continente que anteriormente conhecia guerras constantes.

Esta crise tem avivado vozes eurocépticas, mas é sempre mais fácil criticar de forma destrutiva. Mais difícil é ajudar a construir algo novo, a dar ideias para melhorar o que já existe. Mais difícil é deixar para trás as rendas, para alguns, do proteccionismo, e tentar aproveitar as oportunidades de um mercado livre.

Nem tudo na União Europeia está a meu gosto, a começar pela Política Agrícola Comum (as reformas ténues têm de começar a ser menos ténues). Mas nem o mundo é perfeito, nem a perfeição é uma questão objectiva. Em todo o caso, claro, bater-me-ei por elas, porque considero que, se implementadas, trariam benefícios e resolveriam problemas.

Sendo federalista, considero que muitos desses problemas resolveriam através de uma maior integração política, e por uma maior proximidade entre União Europeia e cidadãos europeus.

Aliás, desde já digo que precisamos de um espaço público europeu.

Que precisamos de verdadeiros partidos europeus.

Que precisamos de um acompanhamento mediático mais constante das instituições europeias.

Que precisamos que as pessoas aprendam como funciona a União Europeia.

Desde já digo que precisamos de muitas coisas.

A começar pela própria União Europeia.

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