quarta-feira, 30 de maio de 2012

Uma lembrança

Para complemento da leitura deste post e deste de João Mendes.


É cómodo para os teóricos marxistas tentar fazer crer que a recusa do materialismo dialéctico assenta unicamente numa condição de classe que torna improvável (para dar razão à teoria) que esses filósofos, ou autores da história da filosofia, possam compreender o marxismo ou dar ao materialismo dialécticos o lugar de honra e (único) que segundo eles lhe competiria na história da cultura humana. Esquecem que o homem europeu autêntico fez da confissão do verdadeiro a sua carta de liberdade e que jamais, fosse rei, bispo, sacerdote, general ou professor, isso o impediu em absoluto de dizer que o preto é preto e que o branco é branco.
Eduardo Lourenço, Heterodoxia I, p.65.

1 comentário:

  1. Um Heterodoxo! Em qualquer organização a capacidade de se manter a auto-crítica é o que evita o caos e decadência.
    O surgimento em todo o lado de Yes-man e louva-minheiros é um dos mais claros sinais disto.

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