O Liberalismo em Portugal, tal como as ideologias em geral, é muito mal conhecido e, principalmente, tem mau nome. Não ajuda a atitude de certos auto-proclamados liberais que por aí andam, mas a verdade é que fundamentalmente o problema é que pura e simplesmente o Liberalismo acaba, em Portugal, por se dever definido por quem o despreza e atacada. Pelo que abundam as distorções, naturalmente.
O Federalismo, num contexto de crise a nível europeu, e de afastamento entre as pessoas e a União Europeia, também não é uma posição fácil de defender. No entanto, não o defender de forma convicta, clara e precisa é deixar espaço para que o Federalismo seja definido por quem não o quer, ou não seja definido na sua plenitude. Torna difícil travar debates, da mesma forma que é difícil travar debates enquanto liberal em Portugal, porque o plano está inclinado à partida.
Para mudar este estado de coisas, é preciso marcar posição. É preciso dizer, sem medo, que se é liberal, que se é federalista, e dar a cara. O mesmo se aplica a qualquer outra posição, aliás. Não dar a cara por aquilo que defendemos é ser derrotado à partida, deixando não apenas que outras ideias triunfem sem escrutínio, mas também que aquilo que defendemos acabe definido pelos seus opositores.
O plano só deixa de estar inclinado para um lado se o outro lado fizer por isso. E ninguém o fará por ele.
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