terça-feira, 1 de março de 2011

Uma cultura de risco

Ser empreendedor significa tomar decisões arriscadas e depois assumir responsabilidade por essas decisões: recolhem-se os benefícios, mas também as perdas. Uma cultura de empreendedorismo é uma cultura de risco. É também uma cultura de vários falhanços, até possivelmente falhanços sucessivos, para muita gente. Mas cada falhanço significa coisas a aprender para melhorar, significa a oportunidade de tentar de novo até ser bem sucedido e atingir o objectivo que se queria atingir.

Uma pessoa empreendedora vai falhar, vai cometer erros, vai fazer asneiras, mas no fim vai olhar para tudo isso e continuar a tentar. Vai também estudar e aprender, vai tomar decisões com base no seu objectivo final de longo prazo, e essas decisões podem incluir fazer alguma coisa de que não se gosta no curto prazo, para no final retirar daí benefícios de médio e de longo prazo. Não é que a pessoa não tenha medo, já que todos temos medo. A pessoa não vai é ser dominada e paralisada pelo medo.

Para sermos bem sucedidos temos de sair da nossa zona de conforto mais vezes do que gostaríamos. Temos de sair, e saímos. Não ficamos à espera que nos dêem uma oportunidade, vamos atrás delas. Vamos a todas as entrevistas para as quais formos convidados até conseguirmos entrar. No limite, tentamos criar a nossa própria oportunidade, por nós próprios. É arriscado, mas quem não arrisca não petisca.

O nosso Estado, neste momento, cria barreiras aos empreendedores. Precisamos que o Estado deixe de distribuir subsídios a empresas que não são sustentáveis. Os subsídios a empresas não sustentáveis são uma barreira à entrada de novas empresas no mercado, e são também um incentivo para que as empresas subsidiadas se encostem à sombra da bananeira com o subsídio estatal. No fim, perdemos todos, e quem quer arriscar, vai arriscar lá para fora.

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