Em tese, a sua existência prende-se com a defesa do «interesse nacional», conceito intangível, de pendor nacionalista e proteccionista, que tudo justifica sem, verdadeiramente, explicar o que quer que seja.
Na prática, as «golden shares» servem essencialmente para distorcer a concorrência e para colocar «boys» e «girls» a gerir empresas nominalmente privadas. Servem também para impedir a livre circulação de capitais, como bem decidiu o Tribunal de Justiça da União Europeia.
Esperemos que o fim das «golden shares» seja acompanhado pela privatização das acções, agora já não «douradas», que o Estado continuaria a deter naquelas empresas, e por uma continuação da integração dos mercados a nível europeu e, claro, a nível global.
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