Seria útil ao país que as fogueiras fossem substituídas por ideias e por programas políticos concretos. Por uma participação activa no sistema político. Pelo exercício pacífico da liberdade de expressão, de associação e de manifestação. De lobby político. De organização no sentido de fazer pressão sobre partidos como o BE ou o PCP para se entenderem à esquerda, por exemplo.
Mas não. Há quem prefira destruir. Há quem prefira tentar legitimar a violência física, ao mesmo tempo que diaboliza as instituições democráticas que temos. Há quem prefira o vazio e os slogans avulsos a uma participação construtiva. Há quem prefira confrontos físicos com a polícia e culpar a polícia pelos confrontos (não estou com a isto a dizer que a polícia seja perfeita) do que a apresentação de orçamentos alternativos ou de programas alternativos.
Há quem queira fazer ouvir a sua voz através do vazio da violência. Mas assim, apenas se ouve ruído. A voz fica indistinta. E em nada se avança.
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