BE e PCP não conseguiram entender-se para conseguir um texto único para apresentarem uma moção de censura conjunta.
O PS, um alvo destas moções de censura, vai abster-se nas referidas moções de censura, para poder dissociar-se quer do Governo, quer do PCP e do BE.
E dá-se mais um passo para banalizar as moções de censura. Que se tornam um mero instrumento num jogo mediático para aparecer na TV, sem grande conteúdo substantivo.
A abstenção do PS pouco ou nada significa que já não se soubesse. As moções de censura separadas mostram que o BE e o PCP não se entendem. E toda a situação mostra que o PCP, o BE e o PS continuam na mesma em relação uns aos outros.
Toda esta situação foi e vai ser uma afirmação do «status quo» na Esquerda portuguesa que já toda a gente está farta de conhecer.
Entretanto, no Parlamento, durante os debates, o Governo vai ser atacado pela Oposição. Porque aumentou impostos. Porque não cortou na despesa. E o PS vai continuar sem programa, e o PCP e o BE com os mesmos programas de sempre.
E pronto. Amanhã, temos moções de censura. Que não significam nada. E vão deixar tudo na mesma.
Pois, há muito que as moções de censura foram banalizadas, tal como as greves periódicas da CGTP.
ResponderEliminarEnfim, o quadro que tu pintas no teu artigo é, infelizmente, inquestionável. No atual leque de partidos não vemos qualquer alternativa, o que me deixa preocupado uma vez que acho que o governo atual também não está a conseguir lidar com a situação social, económica e financeira do país.